quarta-feira, setembro 07, 2005

Av. Nossa Senhora de Copacabana lotada, pessoas passam como em blur, aquele efeito do vídeo quando tudo o que está em movimento deixa um vulto sem foco. Ana acaba de acordar, levanta, escova os dentes, prende os cabelos desobedientes da manhã e desce em busca de um pão quente, de um tempo aconchegante no dia que promete agitação.
Um café rápido, uma forçada escolha de roupa e a saída aliviada à espera de um banquinho no ônibus que acolhe sua leitura matinal. O inesperado é o habitual na rotina. O telefone celular é checado a cada cinco minutos em busca de uma notícia que mude os planos do dia. E eles sempre mudam. O Segundo Caderno funciona como uma amiga cujas conversas já se conhece o tema, mas que vem com uma novidade que às vezes agrada.
Naquele dia específico, ela acendeu um cigarro de manhã, não tem mais pudores. Quantas coisas mudam em tão pouco tempo. Ela acha muito chato ter que falar com todo mundo, conversar sobre amenidades triviais chatas.