Sessenta e quatro demissões do dia para a noite. Sentia-se como um membro do proletário das histórias do pós-guerra de Émile Zola, vagando pelo frio com fome, batendo de fábrica em fábrica, procurando ser explorado... Depois de cinco anos recusando ofertas de emprego, acreditando na dignidade e na função social daquele veículo ao qual tanto se dedicou, acabou em mesa de bar. Bebeu para afogar as lágrimas, estava feliz com a solidariedade dos amigos, alguns demitidos e outros, mais sortudos (ou não!), ainda presos à mesma rotina que outrora lhe pertencera.
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