As bolsas da Taschen, as mochilas da Bree, os sapatinhos de boneca coloridos acordaram revoltos a provar o que sao: maus. Malvadíssimos, atacam e fazem da moca trapo caído a se arrastar como alguém que em vida é obrigado a encarar seus amigos se transformarem em inimigos.
A moca nao era de grandes sonhos, pensava no pao - que nao precisava ter gergelim ou ser integral - de amanha e em sair para falar umas besteiras com cerveja. Nao era especial, mas nao queria o mal de ninguém, queria só passear. Até ser atacada pelas coisas que imaginava sem vida.
Agarraram-na pelo pescoco, pela cintura, amarraram seus tornozelos e a deixaram parada, imóvel, esquecida no tempo e espaco a olhar o nada com uma única fresta de luz que entrava de uma só janela do porao vazio.
Ficou por anos naquela mesma posicao. Quando a encontraram e reportaram o seqüestro na TV nao tinha mais jeito, ela nao servia nem para as palavras cruzadas mais. Parada em frente à TV nao conseguia acompanhar a rápida sucessao de imagens que formavam a novela, confundia os personagens. Conseqüências do ataque.
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2 comentários:
ahaha confesso que fiquei meio nervosa.
só pela introdução do Pessoa, questionando tudo e principalmente a si mesmo, principalmente apontando o dedo sem pudor para si mesmo e dizendo "sim, podem me matar, eu não sei de nada também", enfim, só por essa introdução, adicionei teu site aos meus favoritos. posso te perguntar duas coisas? como vc achou meu site? e o que vc faz em Berlim? é muito bonita, Berlim? desculpe, foram três perguntas. paro aqui. um beijo.
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