sábado, setembro 18, 2004

Ritmo cotidiano

Costumo dizer que sou o símbolo perfeito do frênesi dessa era, que ora apresenta-se a mim como moderna, ora como pós-moderna, contemporânea. Seja o que for, o presente atual me apavora, porque a maior parte do tempo, me tole a capacidade de pensar.

Ontem, acordei às seis e meia. Fui para a PUC e tentei me concentrar entre os emails, telefonemas que urgiam na cabeça enquanto olhava para uma figura gordinha e articulada que não parava de falar sobre as definições do homem que podem variar do ser que faz ginástica ao ser que faz filosofia, desde que não alterem a máxima aristotélica de que o homem é um animal racional. Parei e consegui refletir por um momento: até quando Aristóteles vai ter razão?
Saí e fui tomar um café e fumar um cigarro porque ninguém é de ferro e afinal de contas, eu merecia, já que havia conseguido, finalmente, após um mês e meio do começo das aulas, acordar e chegar às quinze para as oito na faculdade, que começava às sete.

Conversei sobre projetos e uma agonia que parte dos pés como tremedeira e sobe até a cabeça tomou conta de mim. Tenho esse tipo de sensação quando falo sobre o que gostaria de fazer. São tantas as idéias que a possibilidade de não conseguir colocá-las em prática me assusta. Segui para a próxima aula, falei presente e saí fora, dei um olá na última aula do dia, ufa! Escapei com um grilo na consciência, todo mundo estava entregando o trabalho e eu... comprei um sanduíche e fui para o ponto de ônibus. Destino: Lapa. Entrei na TVE e fitas para decupar, reflexões sobre como fazer para que o programa entre no ar o mais breve possível, ninguém sabe, nem quer saber o que fazer. Um copo d`'agua, um café, anotações. Um pouquinho para o trabalho de cultura e censura no estado novo. Novamente sigo para o ponto de ônibus. Casa da Tata e da Bel. Pegamos o carro. Casa onde vai ser nossa festa. Onde colocar a mesa de som, as comidas, a cerveja.

PIRES. Uma cervejinha para terminar o dia. Conversas. Investimentos na carreira solo pelo bar. Encontros com gente das antigas. Convites desenfreados para a festa, que, daqui a pouco, vai ter que ser no Maracanã para caber a quantidade de gente que estamos chamando. Às duas e quinze chego a minha casa. Bêbada. Tomo banho, finalmente, e vou jantar arroz e feijão com carne de soja. Ligo para o ex e resolvo ir para casa dele. Recebe-me de braços abertos. Durmo e acordo...... tudo de novo. O tempo abre e é sexta-feira!


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