segunda-feira, setembro 03, 2007

on a bike

Descia a Kastanienalle de bicicleta ouvindo "walk down Portobello Road through the sound of reggae".

Ai meu filho, nao dava para estacionar um pouco mais para dentro e tirar o rabo do caminho?

Pânico de esmagamento entre carro e trilhos. Melhor entrar à direita e descer pela rua paralela, mais seguro e a ladeira é mais íngreme, mais gostoso.

Ai meu querido, tinha que parar no meio da rua? Demais, demais.

Ih! Aquele lugar onde a gente sentou um dia e tomou vinho até nao mais poder. No fim juntamos todas nossas moedas e deu uns três euros e cinqüenta, qualquer coisa assim. A garconete engatou num discurso desaprovador e nós parados olhando para ela balbuciando: mas nao era para dar QUANTO A GENTE QUISESSE? Acreditamos na filosofia da casa. Ela continuou esbravejando até a gente dar as costas.

Sentei num café, vou descansar para subir o morro de novo. Outro dia que reparei que meu bairro carrega o morro no nome. Prenzlauer Berg.

...

No café

Estive pensando em outras coisas, outros assuntos que têm relacao indireta com subir e descer o morro de Prenzlauer Berg. Sobre como é bom se comunicar em outras línguas, sobre como a traducao de expressoes idiomáticas soa poesia. De como a reuniao de diferentes culturas, o confrontamento com outros paradigmas é rico. Parece balela mas nao é nao.

Um comentário:

Bruno Passeri disse...

Estava entre um comentário sobre o choque de paradigmas e outro sobre a coincidência de eu também andar ouvindo o Transa nesses últimos dias, mas fico mesmo com a observação de que, escrevendo com a fluidez de quem pensa, ou sente, você me levou na garupa da bicicleta Prenzlauer Berg abaixo... Gracias, che. Bjos.