O pragmatismo desse povo me assusta, provoca fenômenos em massa. Hoje, às 7h30 da manha, saio de casa já com meu Winterjacke, fazia -1 e caía uma rala neve em pleno outono. Penso: ok, o inverno aos poucos se aproxima.
Quando o S-Bahn chega, levo um susto; parecia 175 na hora do rush, quase que fiquei pra fora e tive que esperar o outro trem, como fizeram várias pessoas, porque alemao pelo menos finge que é gentil sendo civilizado. Estava já me sentindo uma sardinha em lata sem entender nada do porquê daquela lotacao, vem um alemao correndo, todo solícito, gentilmente implorando para a massa se esmagar um pouco mais porque ele precisava ir para o aeroporto. Entrou no trem com a mala na cabeca e assim ficou. Engracado isso de ficar dando satisfacoes públicas para os outros.
Entre fedores indianos, turcos e alemaes, eu pensava que diabos deveria ter acontecido. Eis que me vem a luz! Abandonaram-se as bicicletas! Uma pena, porque é um charme de Berlim. Os ciclistas agora estao nos trens e metrôs. Logo agora que eu arrumei uma mamata para trocar a minha bicicleta modelo masculino "segunda-guerra" por uma feminina no Flohmarkt no próximo domingo. Acho que vou me poupar trabalho e deixar para trocar no início da primavera!...
Depois de mais essa experiência antropológica, cheguei a uma ótima conclusao: o pragmatismo do alemao nao permite gerúndio. Aquela mania de brasileiro de dizer que está indo, aqui nao rola. Entao para que esse tempo verbal na língua? Nunca pensei que fosse sentir tanta falta de gerúndio.
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