quarta-feira, dezembro 13, 2006

Adrenalina urbana

Metropole addicted. Será que existem? Se sim, sou um deles. Adrenalia na verdade é sempre comigo. Mas essa busca insaciável por adrenalina urbana nao me larga. Comecei a perceber outro dia e só agora dou conta de assumir que realmente nao sou de mar nem de montanha, mas de skyscrapers. Só pode ser isso que ainda me faz manter-me em meio a esse caos das grandes metrópoles: vício.
Hora-limite do dia-limite para entregar a inscricao da faculdade. Adoro desafios!
Vou dormir às seis da manha depois de passar a noite inteira queimando dvds. Acordo às 8h do dia-limite ligando o computador. Corro como uma louca pela rua armada com o lap até chegar à gráfica - inferno na terra. Servicos aqui na Europa sao todos self-serice. Um saco. Depois de fazer a revolucao na gráfica pentelhando os atendentes com o mau-humor típico das manhas escuras do inverno berlinense, encontro uma outra louca de lap ligado na gráfica, gritando com um dos caras. Nos identificamos, ela também estava na hora-limite do dia-limite pra entregar a inscricao no mesmo curso que eu. Nao preciso nem dizer que daquele momento em diante estávamos unidas. Viramos melhores amigas na luta contra os inimigos - atendentes da gráfica. Eu tinha que cortar as capas dos DVDs com uma máquina que os caras largaram na minha mao. Como assim? Eu nunca usei máquinas de cortas capas de dvds antes! E tenho menos de meia hora para sair daqui correndo. Lá foi a menina me ajudar, fofa! Enquanto ela cortava porque eu tremia e nao tinha condicoes de alinhar a imagem no cortador, eu colava as fotos dela na inscricao.
Depois do sufoco na gráfica, fui tirar as fotos porque sempre deixo tudo pra última hora. Já era 12h30 e eu tinha que estar às 14h do outro lado da cidade. Oh Gott! Entrei na primeira loja de foto que vi pela frente. Um asiático. Hunf. No desespero eu nao perguntava o preco de nada mais. Tira uma foto minha logo meu filho. O japa, coreano, sei lá, o fez e levou depois uns bons cinco minutos no photoshop me "ajeitando" e eu tentado ser delicada falando que TANTO FAZ COMO EU SAÍ, EU QUERO A FOTO!!! E ele brigando comigo dizendo que o servico dele era assim, tinha que passar por aquele processo se nao ele nao entregava o produto. Era melhor deixar quieto antes que eu comecasse a discutir em alemao com um cara que fala japonês ou coreano achando que ta falando alemao.
Os ponteiros correndo. Impressionante como o desespero desinibe. Entro numa papelaria e peco uma caneta de escrever em cd emprestada sem o menor pudor.
No metrô, dentro do vagao vazio ando de um lado ao outro. E ainda consegui chegar na Dffb - tal da faculdade - meia hora antes da hora limite. Que alívio!
Saio de lá em jejum direto pra tomar café da manha às duas da tarde: cervejinha por favor!

Um comentário:

Anônimo disse...

Cara, n vejo a hora de voltar pra cidade grande, adoro tb

mto boa a parte que vc fez amiga em momento de desespero na papelaria
hahahahahahhaah

Entao, falei com a minh amiga depois de falar com vc, mas ela disse que tinha torcido o pe e n ia fazer nada mesmo, aih deixei quieto... Mas valeu pela forca ana

beijao