Estou para ver alguém se arriscar por amor hoje em dia. Nao estou falando de ter coragem de levar a mulher para cama nao. Para comer todo mundo tem peito. Nem de chamar para ir ao cinema, a um concerto, jantar o que seja. Falo da entrega. Daquela que me lembra Anna Karenina que mesmo prisioneira das convencoes sociais da Rússia do século XIX se atirava nos bracos dos seus amantes. E cada um era verdadeiramente amado por ela. Nao valeria a pena o sacrifício se nao fosse.
Quero ver largar carteira assinada, carrinho do papai em troca do risco do amar até a última ponta.
Jogue tudo pela janela, liberte-se e celebre o amor nem que só por um segundo. Vamos contar nos dedos no fim da vida as paixoes que tivemos. Sao muitas as pessoas e poucas as paixoes. Há que se valorizá-las. Entregue-se. Nem que por um instante apenas.
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3 comentários:
é, sad but true...
vou passar no supermercado pra ver se tem uma nova e baratinha
Nossa, Ana, minha vida desmente seu postulado!
Talvez sem um projeção romântica, mas cheia de amores brutos, apaixonados, sofridos, curados, infinitos...
Talvez amar não seja econômico, e por isto esteja em escassez... A gente ama e se degenera de alguma forma, eu mesma agora, com meu coraçãozinho esfolado, to ai de pra provar.
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